STF dá “tratamento extraordinário” a um dos seus, diz Tórtima a Crusoé
Advogado que representa os acusados no caso de Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma aponta peculiaridades nos procedimentos do tribunal
O relatório da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta “injúria real” de brasileiros ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma concluiu sem indiciar nenhum dos acusados. O processo, porém, está cercado por polêmicas, pois o advogado dos acusados, Ralph Tórtima Filho, não teve acesso ao vídeo das câmeras do aeroporto e teve suas conversas com seus clientes tornadas públicas.
Na edição desta semana de Crusoé Entrevistas, Tórtima aponta as diversas peculiaridades do caso, que tem relatoria do ministro Dias Toffoli e, como parte interessada, um colega de toga que se senta à sua frente, Alexandre de Moraes.
“É um tratamento extraordinário, diferenciado, que não se justifica”, disse o advogado, ao se referir à decisão de não se autorizar o acesso à íntegra do vídeo para a defesa de Roberto Mantovani Filho, a quem foi atribuída a prática de injúria real. “A impressão que fica é que, por envolver alguém da casa, está se dando um tratamento diferenciado, o que é inaceitável se todos são iguais perante a lei”, diz Tórtima.
Nesta conversa gravada em vídeo, o advogado reflete sobre o direito à inviolabilidade da comunicação com o cliente e sobre o que considera ser cerceamento de ações suas e do Ministério Público Federal (MPF), que também acompanhou a questão. Segundo Tórtima, o que foi apresentado, em um primeiro momento, como uma agressão ao magistrado motivada por suposta questão política seria, na verdade, uma discussão pelo uso de uma sala VIP no aeroporto.
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Crusoé – edição nº 303
A reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Duda Teixeira, destaca a movimentação de Lula contra o mundo livre. Também nesta edição, a matéria de Wilson Lima aborda a jogada arriscada do bolsonarismo com o ato convocado para domingo, 25. Em outra reportagem, Duda Teixeira fala sobre a farra dos supersalários do funcionalismo público, que estouram o teto e ultrapassam 1 milhão de reais por mês.
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