Ruy Goiaba na Crusoé: Ainda somos os mesmos e vivemos como o Belchior
Em sua coluna na edição da Crusoé que foi ao ar nesta sexta (7), Ruy Goiaba (foto) escreve sobre a "polêmica" provocada pelo comercial da Volkswagen que traz uma Elis Regina revivida por inteligência artificial e dirigindo uma Kombi ao lado da filha, Maria Rita...
Em sua coluna na edição da Crusoé que foi ao ar nesta sexta (7), Ruy Goiaba (foto) escreve sobre a “polêmica” provocada pelo comercial da Volkswagen que traz uma Elis Regina revivida por inteligência artificial e dirigindo uma Kombi ao lado da filha, Maria Rita.
“A Elis produzida por IA é meio robótica, com movimentos não naturais: como disse uma amiga, talvez esteja muito contrariada de ter sido colocada para dirigir uma Kombi uns 40 anos depois de morta. E a peça dá a impressão de que os publicitários que a criaram, como bons habitantes das redes, só leram o título da letra de Como Nossos Pais. A canção de Belchior não é um elogio fofinho ao ‘encontro de gerações’: muito pelo contrário, para o narrador não pode haver nada mais deprimente que ter feito tudo, tudo, tudo que ele e os amigos fizeram e ainda ser igualzinho aos pais.
Mas talvez as reações ao comercial tenham sido ainda piores. Primeiro vieram os emocionados: ‘Aaai, meu Deus, que lindo, que tocante, que comovente, chorei largado’ (muitos moradores das redes sociais, em especial do Twitter, são uns seres tão à flor da pele que se esvaem em lágrimas até com propaganda de margarina). Nesse time dos comovidos estava ninguém menos que Janja, primeira-dama e janjadora-geral da República: ‘Sete e pouco da manhã aqui na Argentina e eu me acabando de chorar’.”
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