Vai começar o roadshow da Previdência: governo espera aprovar reforma em 6 meses
A equipe econômica marcou para a quarta-feira da próxima semana uma conversa inicial com governadores sobre a reforma da Previdência. No início de fevereiro, alguns dias após o início da nova legislatura, o governo pretende apresentar sua proposta no plenário da Câmara, iniciando um processo de negociação com as bancadas para eventuais ajustes no texto...
A equipe econômica marcou para a quarta-feira da próxima semana uma conversa inicial com governadores sobre a reforma da Previdência.
No início de fevereiro, alguns dias após o início da nova legislatura, o governo pretende apresentar sua proposta no plenário da Câmara, iniciando um processo de negociação com as bancadas para eventuais ajustes no texto — sim, a articulação política de Jair Bolsonaro vai tratar do assunto diretamente com líderes partidários.
Até lá, a ordem no governo é não deixar vazar nada do esboço apresentado a Jair Bolsonaro — técnicos garantem que muita coisa que tem saído na imprensa não passa de “balão de ensaio”. A intenção é evitar que se repita o que ocorreu no governo de Michel Temer, quando informações ficaram desencontradas, fortalecendo a construção de narrativas contrárias à reforma.
Está certo que o escopo da proposta enviada por Temer será aproveitado, basicamente por uma questão de economia processual — para que não seja necessária, por exemplo, a instalação de uma nova comissão especial para discutir o tema.
Haverá, porém, mudanças substanciais no texto, o que faz aliados de Bolsonaro defenderem a realização de pelo menos uma audiência pública.
Técnicos do governo avaliam que, de maneira geral, a sociedade — e, consequentemente, o parlamento — já entendeu que a reforma precisa ser feita, o que, acreditam, poderá ajudar a blindar a reforma de inevitáveis desgastes políticos durante a tramitação.
Ao longo de fevereiro, a equipe econômica intensificará o “roadshow da Previdência”, incluindo reuniões com representantes do mercado, do setor produtivo e, principalmente, com os parlamentares.
A ideia é começar a consolidar a contagem de votos na Câmara após o carnaval (início de março) e, sem açodamento, colocar a reforma em pauta somente quando o apoio estiver garantido.
Se Bolsonaro encampar a sugestão de ser, de fato, o garoto-propaganda da reforma, aliados apostam em aprovação — na Câmara e no Senado — em até seis meses.
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