“Sentindo cheiro de que a taxa de juros vai começar a baixar”, diz Lula
Banco Central manteve a Selic em 15% pela quarta vez consecutiva
O presidente Lula (PT) voltou a pressionar o Banco Central (BC) pela redução da taxa de juros nesta quinta-feira, 18.
Em conversa com jornalistas, o petista disse estar “sentindo o cheiro de que logo, logo, a taxa de juros vai começar a baixar” e que esperar que o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, “esteja cheirando o mesmo ar”.
“Tenho a certeza que o Galípolo vai prestar um grande serviço, vai prestar um grande serviço e eu acho que todo mundo está prevendo, da mesma forma que a gente sente cheiro de chuva, eu estou sentindo um cheiro de que logo logo a taxa de juro vai começar a baixar. Agora, o Banco Central tem autonomia, é importante lembrar que jamais eu farei pressão para que o Galípolo tome a atitude que tiver que tomar. É ele que tem que tomar a decisão, eu espero que ele esteja cheirando o mesmo ar de desejo que eu estou cheirando agora e se ele fizer isso vai ser bom para ele, vai ser bom para mim, vai ser bom pro Brasil, vai ser bom para a indústria, vai ser bom pro desemprego, vai ser bom pro salário e vai ser bom para todo mundo”, disse.
Desde que assumiu seu terceiro mandato, Lula tem criticado as taxas de juros. O antecessor de Galípolo, Roberto Campos Neto, era alvo de cobranças por parte do petista.
Selic em 15%
Em 10 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva.
A decisão marcou a quarta vez consecutiva em que o colegiado decide preservar os juros nesse patamar, o maior desde 2006.
“O Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 15,00% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz trecho da nota oficial.
A manutenção da Selic já era esperada pelo mercado financeiro.
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