No dia em que a Petrobras anunciou um mega-aumento na gasolina, o plenário do Senado aprovou há pouco, por 61 votos a favor e apenas oito contrários, o projeto de lei que cria um fundo de estabilização para o preço dos combustíveis.

O texto tentou ser votado duas vezes, mas enfrentava resistência entre os parlamentares.

A câmara de compensação para o valor do combustível, também chapada de CEP, determina que bônus do pré-sal e impostos podem ser utilizados pelo governo federal para estabilizar o valor da gasolina, do álcool e do gás de cozinha.

Além disso, o governo federal também está autorizado a utilizar dividendos recebidos pela Petrobras para compensar eventuais aumentos no valor da gasolina em virtude das oscilações de preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Em 2021, a Petrobras destinou R$ 37 bilhões ao governo federal a título de dividendos. A ideia da equipe econômica é utilizar boa parte desse valor para minimizar os impactos da guerra da Ucrânia.

Além disso, o texto institui o “bolsa combustível”, benefício destinado a motoristas autônomos, motoqueiros e entregadores por aplicativos. Para os motoqueiros, o benefício será de R$ 100 ao mês; para os motoristas, de R$ 300 mensais.

Entretanto, para ter acesso ao programa, o beneficiário precisará estar contemplado pelo programa Auxílio Brasil. Pelo substitutivo, o governo federal gastará, no máximo, R$ 3 bilhões anuais com a iniciativa.