Os próximos dias serão de apreensão pela magnitude do início do ciclo de corte de juros. Economistas e operadores do mercado financeiro dão como certo o anúncio de alguma redução na Selic às 18h30 de quarta-feira, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) divulga a decisão do colegiado, mas não há unanimidade sobre o tamanho do corte.

Economistas têm apontado 0,25 p.p. de redução como adequado para o início do movimento em função dos riscos inflacionários ainda no horizonte (reonerações, preços internacionais de commodities, fim de benefícios como o bônus de Itaipu na leitura anterior…) enquanto operadores do mercado financeiro apostam com mais energia em um corte mais agressivo de 0,50 p.p..

No exterior, o vizinho Chile anunciou na sexta-feira a noite o começo do ciclo de redução dos juros básico por lá surpreendendo os agentes econômicos com o anúncio de -100 pontos base na taxa, contra -75 pontos base esperados. A medida levou os juros chilenos para 10,25% ao ano. O Banco Central do país destacou, no entanto, que os próximos passos ainda dependem da evolução dos indicadores econômicos.

No campo corporativo, o Brasil ainda acompanha a divulgação de resultados de diversas companhias, com destaque para Bradesco e Petrobras na quinta-feira após o fechamento da Bolsa de Valores de São Paulo. As ações da estatal brasileira também respondem ao anúncio da mudança na política de distribuição de dividendos que reduziu de 60% para 45% o total do fluxo de caixa livre disponível para pagamento a acionistas.

No exterior, os investidores acompanham também a temporada de resultados nos Estados Unidos, com destaque para Apple e Amazon na quinta-feira. No calendário econômico, diversos indicadores devem mostrar o estado do mercado de trabalho americano, com atenção especial ao payroll na sexta-feira.

No campo das commodities, o minério de ferro tem leve alta neste início de semana, cotado a US$ 107,25 a tonelada em Singapura. O petróleo tipo Brent também opera com ganhos e é negociado a US$ 85,55 o barril.