Demonstrando alinhamento aos discursos recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, defendeu que “não estamos tão longe do grau de investimento”. Segundo ele, em entrevista à Bloomberg News, o governo Lula ampliará os gastos sociais, revisará os gastos correntes e aumentará a receita para 19% do PIB (Produto Interno Bruto).

Ceron defendeu que um conjunto de reformas fiscais e tributárias vai permitir estabilização da dívida com aumento de gastos sociais, o que faria com que as agências de risco devolvessem ao Brasil a classificação de “grau de investimento”. O país perdeu essa espécie de selo de qualidade em 2015 após a presidente Dilma Rousseff adotar um política menos austera no que diz respeito à responsabilidade fiscal e iniciar uma sucessão de déficits primários que só foi revertida em 2020. 

O secretário do Tesouro destacou que o Brasil está indo em uma direção diferente agora e que a reforma tributária vai dar credibilidade às finanças públicas promovendo distribuição de renda.  De acordo com ele, um exemplo disso seria a tributação do pagamento de dividendos.