Quem tem medo de fazer um Pix?
Quantidade de transferências feitas pela ferramenta em janeiro de 2025 registra maior queda desde que o Pix entrou no ar, em 2020
A quantidade de transações feitas pelo Pix em janeiro de 2025 registra sua maior queda desde que a ferramenta entrou no ar, em 2020.
As transferências costumam cair nesse período, mas a queda nunca tinha atingido os 15,3% registrados, como apontou levantamento da CNN Brasil a partir de dados do Banco Central.
A queda ocorre após entrar em vigor normativa da Receita Federal que expandiu o monitoramento de movimentações maiores de 5 mil reais para pessoas físicas e de 15 mil reais para pessoas jurídicas.
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Desconfiança
O governo Lula se mobiliza para combater fake news sobre a cobrança do Pix, garantindo que não está nos planos cobrar pelas transações.
Mas o problema, como expôs vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) que viralizou, é a desconfiança em relação a um governo que gasta demais, e que, portanto, precisa de mais dinheiro.
Combater a sonegação é bom, e esse é o espírito da normativa, mas o contexto joga contra o governo Lula.
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Nos primeiros 14 dias deste ano, foram contabilizadas 2,286 bilhões de operações via Pix, 15,3% a menos do que as 2,699 bilhões no mesmo período de dezembro de 2024.
Em janeiro de 2024, a queda tinha sido de 11,02%; em 2023, de 9,89%; e, no ano anterior, a queda foi de 12,91%. O único janeiro que registrou alta foi o de 2021, logo após a entrada do sistema em funcionamento, quando o uso subiu 51,29%
Vão voltar atrás?
O estrago para a imagem do governo é tão grande que já tem petista considerando que seria melhor voltar atrás do que tentar convencer a população de que a medida não tem objetivo arrecadatório.
Publicamente, contudo, o governo segue com o discurso que tudo não passa de fake news, e que o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, vai cuidar do assunto.
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