Affonso Celso Pastore, em entrevista ao Estadão, delineou o melhor cenário para o Brasil.

Antes de tudo, o impeachment.

Em seguida, Michel Temer deve se cercar de economistas capazes de fazer duas ou três reformas.

Ele disse:

“Algum tempo atrás, Michel Temer soltou o documento chamado ‘Uma Ponte para o Futuro’. Ele deve ter imaginado que, se virar presidente do País, vai ter de fazer alianças para governar. Essas alianças têm de começar no campo das ideias, e não no toma lá dá cá. Aquele documento poderia ter sido escrito pelo Armínio Fraga ou pelo Eduardo Giannetti. É uma agenda que está na cabeça da oposição. Suponha que o Temer junte a oposição e diga que quer um governo de transição até 2018, faça as reformas e não se candidate na próxima eleição. Se houver uma solução como essa, eu acho que a coisa funciona muito bem”.

Pastore até sugeriu uma equipe para Michel Temer:

“Na minha visão, se o País der alguns passos na economia e usar aquela agenda de arrumação fiscal que está na cabeça do Marcos Lisboa, do Samuel Pessôa e do Mansueto Almeida, o CDS brasileiro vem para baixo e o real valoriza. Tira pressão sobre a inflação e vai poder ocorrer uma queda de juro um pouco mais precoce do que em outra circunstância”.