O dia de hoje deve refletir o protocolo da PEC da gastança pelo senador Marcelo Castro, relator do Orçamento, na noite de ontem. A proposta manteve os R$ 198 bilhões de gastos fora do teto, mas limitou a licença para o Auxílio Brasil em quatro anos. Na minuta original, apresentada pela equipe do presidente eleito Lula, o benefício ficaria fora do teto de gastos definitivamente.

Ainda no noticiário político, a indicação de Fernando Haddad para compor a equipe econômica do grupo de transição deve mexer com as expectativas do mercado. Haddad garantiu, no entanto, que não foi convidado para ocupar o Ministério da Fazenda, como tem sido dito nos últimos dias.

No que diz respeito à agenda econômica, o dia começa com a divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). O índice de inflação do aluguel, como é conhecido o indicador da Fundação Getúlio Vargas, apresentou o quarto mês consecutivo de deflação, fechando novembro em – 0,56%, contra -0,35% esperados. Na leitura anual, a pressão sobre os preços desacelerou dos 6,52% da amostra anterior para 5,90%.

Ainda durante a manhã, saem dados sobre a criação formal de empregos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com expectativa de mercado de geração de 210 mil novos posto no mês de outubro; e arrecadação federal. Às 14h30, o Tesouro Nacional divulga o resultado primário do Governo Central. O esperado é de um superáviti primário de R$ 29 bilhões em outubro.

No exterior, notícias de mais incentivos ao setor imobiliário chinês – com o fim da proibição do financiamento de empresas do ramo via bolsa de valores – animaram os mercados. Além disso, o aparente arrefecimento dos protestos contra a política de Covid Zero e rumores de flexibilização nas medidas de combate a pandemia também adicionaram ao bom humor do mercado.

Bolsa da Europa e futuros de Wall Street iniciam a manhã em alta. Commodities metálicas e de energia também sobem. O minério de ferro fechou a primeira parte da sessão em Singapura com ganhos de 2,66%, cotado a US$ 99,95 a tonelada, e o petróleo tipo Brent também apresenta recuperação, em alta de 2,85%, aos US$ 85,56 o barril.