Depois de chegar a cair até ao menor nível desde dezembro de 2020, o S&P 500 fechou em alta de mais de 2,5% em um dia de altíssima volatilidade. O Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, acompanhou o movimento durante boa parte do dia, chegando a registrar queda de mais de 1%, passando por uma alta de quase 0,5% no meio da tarde, mas fechou com perdas de 0,46%.

O dia começou com perdas em praticamente todos os mercados em função de dados de inflação nos EUA piores do que o esperado pelo mercado. Os futuros do S&P 500, por exemplo, que estavam em alta até a divulgação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) norte-americano, caíram 2,96% nos 30 minutos que se seguiram, enquanto as taxas de juros futuras subiam pelo mundo afora. O dado pior que o antecipado consolidou a expectativa de juros ainda mais altos do que o precificado pelo mercado para dezembro deste ano e o fim das esperanças de um “soft landing”.

Por volta do meio-dia, no entanto, as bolsas começaram a virar. O mundo acompanhou o movimento que parece ter sido causado por um ajuste técnico que iniciou compras em função do desconto ter encontrado um patamar importante. Outro motivo apontado por analistas internacionais seria uma possível revisão do plano de cortes de impostos no Reino Unido a ser anunciado em breve.

Além disso, o petróleo também disparou durante a tarde, fechando em alta de 2,35% a US$ 94,62/barril. O minério de ferro ficou praticamente estável aos US$ 92,10/tonelada em Singapura. E o dólar acabou cedendo contra as principais moedas, com destaque para a libra esterlina que se valorizou 2% contra a moeda americana. O real fechou com ganhos de quase 0,5%, com o dólar cotado a R$ 5,28.

Por fim, os juros acompanharam a lógica inflacionária nos EUA e no mundo para fechar com rendimentos futuros ao longo de toda a curva.