Mercado retoma otimismo e reduz projeção de inflação para 2024
O dado consta no Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, e divulgado na manhã desta terça-feira (30)
O mercado financeiro voltou a reduzir a estimativa de inflação para 2024.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo a projeção, deve terminar o ano em 3,81%, ante 3,86% projetados na semana passada. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,90%.
O dado consta no Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, e divulgado na manhã desta terça-feira (30).
Em relação ao ano que vem, os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a projeção em 3,50%. Para 2026, o índice esperado também permaneceu o mesmo, em 3,50%.
Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 deve ter crescimento de 1,6%, a mesma estimativa da semana passada. Para 2025 e 2026, a previsão de crescimento da economia manteve-se em 2%.
No terceiro trimestre de 2023, o PIB brasileiro desacelerou, mas veio acima das projeções dos analistas e registrou leve alta de 0,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Especialistas e o próprio governo trabalham com um crescimento de cerca de 3% do PIB em 2023.
Veja as outras projeções:
- Selic
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2024 em 9% ao ano. Para 2025 e 2026, a projeção segue em 8,5% ao ano.
- Dólar
Os analistas consultados pelo BC mantiveram também a projeção para o dólar em 2024 em R$ 4,92. Para 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5. Para 2026, ficou em R$ 5,05.
Contas públicas registram déficit
O déficit fiscal públicas em 2023 foi o segundo pior resultado da série histórica, iniciada em 1997. O saldo negativo só não foi menor que em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19.
O déficit do governo central, que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, bateu a casa dos R$ 230,5 bilhões em 2023.
A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (29) pelo Ministério da Fazenda, em Brasília.
As contas do governo federal voltaram a ficar no negativo depois de registrar superávit de R$ 51,6 bilhões em 2022, corrigida a inflação.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias autoriza um rombo de até R$ 213,6 bilhões em 2023. O resultado, portanto, está dentro da meta.
De 2022 a 2023, as contas públicas pioraram em R$ 282,5 bilhões em termos reais, corrigidos pela inflação.
O saldo final do ano passado é o segundo pior da série histórica iniciada em 1997, O dado de 2023 é melhor apenas que o registrado em 2020, quando o governo teve rombo de R$ 940 bilhões por conta da pandemia.
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