Investidores locais devem reagir durante o dia de hoje à aprovação das novas regras fiscais que substituirão o teto de gastos. A aprovação do texto promoveu uma derrota ao governo com a retirada da emenda das “despesas condicionadas”, que permitia ao Executivo incluir no orçamento programações de despesas primárias, condicionadas à aprovação de crédito adicional pelo Congresso Nacional e limitadas à diferença entre a inflação acumulada em 12 meses até junho e até dezembro.

O governo deve tentar agora emplacar a medida no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024. Há expectativa que a alteração seja acatada pelo relator do texto na Câmara dos Deputados, Danilo Forte.

Ainda na agenda política, em outro revés para os governistas a proposta de compensação para a correção da tabela de IR (Imposto de Renda) com a tributação de fundos offshore na mesma MP (Medida Provisória) perdeu força e a medida deve ser reapresentada com um projeto de lei com urgência. Para a cobrir o buraco do IR, a ideia é incluir uma MP para tributação de fundos exclusivos como formalidade para garantir a sanção da correção da tabela. O acordo prevê que a MP dos fundos exclusivos caduque.

A notícia deve ser bem recebida pelo mercado financeiro que ontem teve dia de alívio com o avanço da pauta econômica sem aumento de despesas e com juros futuros americanos em pausa das recentes altas nas taxas.

No exterior, as expectativas ficam por conta da antecipação do resultados da fabricante de chips Nvidia na noite de hoje e da fala do presidente do FED, Jerome Powell, no Jackson Hole na sexta-feira. Na Europa, juros cedem após dados econômicos na zona do Euro e na Alemanha apontarem desaceleração econômica mais forte que a antecipada.

No campo das commodities, o minério de ferro amplia as altas recentes e ultrapassa a marca de US$ 113,40 a tonelada (+2,46%) em Singapura nesta manhã. O petróleo abre o dia novamente em queda, cotado em US$ 82,91 o barril tipo Brent, uma baixa de 1,39% em relação ao preço de ontem.