Mercado faz rally especulativo sobre Selic
Corretoras e bancos entraram num rally especulativo sobre qual será o aumento da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne amanhã...
Corretoras e bancos entraram num rally especulativo sobre qual será o aumento da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne amanhã. Desde o vazamento do áudio de André Esteves, que disse ter recebido telefonema de Roberto Campos Neto (foto) sobre o tema, analistas de mercado passaram a pressionar o Banco Central para que eleve a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual.
Fizeram essa opção, por exemplo, o próprio BTG de Esteves, além de Credit Suisse, Barclays, BGC Liquidez, BNP Paribas, Itaú Unibanco, JP Morgan, Santander e UBS, entre outros.
No fim da tarde, o Genial dobrou sua aposta de 1,5 pp para 3 pp, chegando a 9,25%. “Dado o que aconteceu com a política fiscal, faz todo sentido ter um choque de juros”, justificou José Márcio Camargo, economista-chefe do banco.
A interlocutores, o ministro Paulo Guedes tem defendido o choque de juros, pois avalia que o BC hoje “está atrás da curva de juros”.
Ontem no Papo Antagonista, o economista Pedro Cerize, sócio-fundador da Skopos Investimentos, alertou para a atuação combinada de grupos de analistas de mercado para pressionar o Banco Central.
“O mercado entendeu que, com as próprias expectativas que cria, ele pode interferir no Banco Central.”
Para Cerize, o mercado viu nas declarações de Guedes na semana passada, quando admitiu o estouro do teto de gastos, uma oportunidade para extorquir o BC.
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