Mercado de olho em impactos da tragédia no RS
Pressão inflacionária com perda de parcela da safra no estado e destruição de parte da infraestrutura para escoamento da produção preocupam
Os investidores locais também acompanham com atenção os desdobramentos das enchentes no Rio Grande do Sul. Na noite de segunda-feira, 6, a Câmara dos Deputados aprovou medida que autoriza a União a não computar, para a meta de resultado fiscal, exclusivamente as despesas autorizadas por meio de crédito extraordinário e as renúncias fiscais necessárias ao enfrentamento dessa calamidade pública e de suas consequências sociais e econômicas.
Para além da tragédia humana, o mercado financeiro tenta calcular quais os impactos inflacionários da perda de parte importante da lavoura no estado. Os economistas ainda estão fazendo as contas para adequar as estimativas ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que deve ver os preço de soja, arroz, frutas e produtos de origem bovina serem pressionados pelos efeitos das enchentes no campo e na infraestrutura de escoamento da produção agrícola gaúcha.
Alguns agentes de mercado entendem que os alagamentos no estado adicionaram incertezas ao cenário futuro do Copom (Comitê de Política Monetária) na decisão que se inicia nesta terça-feira, 7. O colegiado define o novo patamar para a taxa básica de juros na quarta-feira, 8, com expectativas crescentes de que o ritmo de cortes deve sair dos 0,50 ponto percentual das últimas seis reuniões para 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic dos atuais 10,75% ao ano para 10,50% a.a..
No cenário corporativo, a temporada de resultados tem os resultados de Itaú, Vivara, Tim, CCR. Rede D’Or e Vamos na noite de segunda-feira, 6, e Embraer, nesta manhã, para avaliação dos investidores durante a sessão. E, após o fechamento dos mercados, Carrefour, Prio, BRF, Pão de Açúcar e Vivo divulgam os balanços relativos ao primeiro trimestre deste ano.
No exterior, em dia sem eventos importantes na agenda econômica, a atenção deve ficar por conta da fala do presidente do FED (Federal Reserve) de Minneapolis, Neel Kashkari, em evento do Instituto Milken em Minneapolis, que pode influenciar juros futuros nos Estados Unidos e aqui.
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