Apesar dos últimos dias no centro da crise sobre a permanência de Jean Paul Prates à frente da Petrobras, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) parece estar em alta com o presidente Lula.

Durante a cerimônia de assinatura da MP (Medida Provisória) das Energias Renováveis e redução da Tarifa de Energia, na primeira aparição no Palácio do Planalto após o atrito com Prates, Lula e Silveira não disfarçaram o alinhamento entre os dois.

Pouco antes da assinatura da norma, Lula foi interpelado por jornalistas sobre a situação do presidente da Petrobras, mas não respondeu às perguntas.

Desde a semana passada, Silveira aumentou a pressão contra Prates e chegou a sugerir em entrevista que a crise da petroleira poderia ter sido evitada se houvesse um CEO na estatal “humilde, discreto e competente”.

A possibilidade de saída de Prates do cargo parece ter perdido força nos últimos dias, mas a confusão parece ter aproximado Silveira ainda mais de Lula.

Abre o olho Prates!

A redução na conta de luz

A MP assinada pelo presidente Lula nesta terça-feira, 9, é uma medida prometida por Silveira a tempos, mas preocupa especialistas, que temem um efeito parecido com a MP 579, editada por Dilma Rousseff em 2012.

A medida chegou a reduzir as contas de energia em cerca de 15% no primeiro ano, mas se seguiu a fortes reajustes nos anos seguintes. As estimativas é que a medida de Dilma tenha custado cerca de 200 bilhões de reais aos consumidores brasileiros.

A ideia agora é trocar os empréstimos contratados para lidar com perdas para o sistema com a pandemia (conta Covid) e com a seca prolongada de 2021 (conta Escassez Hídrica) por uma dívida mais barata, com juros mais baixos. Para isso, o governo pretende oferecer os recursos devidos pela Eletrobras no acordo de desestatização como garantia.

A expectativa do governo é que a medida pode reduzir o valor dos boletos de luz em até 5%.

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