O lucro líquido da Klabin, maior fabricante de papéis para embalagens do Brasil, despencou 88% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado e ficou em R$ 245 milhões. A diminuição foi impactada principalmente pela redução nos preços de papel e celulose, além de menores volumes vendidos.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,35 bi, queda anual de 41%. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que no último mês chegou a reduzir em cerca de 8% os números esperados.

De acordo com o release dos resultados apresentado pela manhã, o desempenho tem relação com o menor volume de vendas, a redução nos preços de kraftliner e celulose e a valorização do real frente ao dólar durante o período. As vendas caíram 5% em toneladas em relação ao terceiro trimestre do ano passado, e o receita recuou 20%, totalizando R$ 4,4 bilhões.

Do lado positivo, o custo caixa de produção de celulose registrou uma queda de 7% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O total por tonelada, excluindo o efeito das paradas de manutenção, foi 3% menor do que no mesmo período do ano passado. Apesar nos custos de produção só não foi maior, segunda a Klabin, em função do aumento  no preço dos combustíveis no período.

A empresa destaca ainda que conseguiu aumentar a participação no mercado interno em 9 pontos percentuais, alcançando 67% da receita líquida. Isso se deveu ao aumento das vendas de celulose para a China, impulsionado pela melhora dos vários segmentos de papéis e pelo consumo de fibras dos produtores integrados.

A Klabin destacou que o mercado de papel-cartão no Brasil se manteve resiliente, embora não tão aquecido como nos últimos trimestres. Já o segmento de papelão enfrentou desafios, com uma queda média de 21% nos preços do kraftliner em relação ao ano anterior.