Discussões sobre o futuro da taxa Selic estão no radar dos investidores. O Boletim Focus deve apontar a reação dos agentes econômicos após a manutenção dos juros básicos pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em 13,75% a.a. na quarta-feira passada. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, almoça com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Ainda durante a semana, IPCA-15 amanhã deverá mostrar inflação, praticamente, na meta prevista (3,25%) para 2023. A expectativa é de que o dado aponte uma pressão sobre os preços em 3,37% para os últimos 12 meses, contra 4,07% no mesmo período encerrado no mês passado. No mesmo dia, a autoridade monetária divulga a Ata da Copom que deve “clarificar” a possibilidade de corte nos juros ainda em agosto.

Na quinta-feira, será a vez do CMN (Conselho Monetário Nacional) se reunir para discutir a meta de inflação para 2026. O conselho, que tem como membros Haddad, Campos Neto e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, pode discutir ainda alterações no período de aferição para a meta de inflação (que poderá passar a ser contínua — sem obedecer ao ano-calendário). Também é desta reunião que poderia sair uma indicação ao presidente da República contra a permanência de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. No mesmo dia, a autoridade monetária apresenta o Relatório Trimestral de Inflação.

No exterior, os investidores repercutem os impactos da rebelião do grupo armado Wagner. Commodities de energia e agrícolas sobem no dia de hoje como resposta. O petróleo tipo Brent sobe 0,58%, a US$ 74,26 o barril, às 7h56. O gás natural negociado na Europa subia mais de 5% com o aumento da tensão na Rússia. Entre as agrícolas, destaque para o trigo que subia mais de 3% na bolsa de Chicago, a cerca de US$ 770/bushel. O minério de ferro, no entanto, cedia 0,31%, a US$ 108,85 a tonelada, na primeira parte da sessão em Singapura.