A reabertura do mercado de títulos públicos nesta terça-feira fez as taxas de juros futuros americanas desabarem. Não houve negociações ontem em função do feriado de Columbus Day, mas hoje a aversão a risco dos investidores globais em resposta ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas fizeram com que as taxas nos papéis soberanos recuassem fortemente.

A busca pelos chamados safe havens (portos seguros, em inglês) em momentos de crise faz com que a procura por títulos de países como os Estados Unidos cresça sensivelmente. Como os juros caem quando aumenta a quantidade de interessados nos papeis as taxas acabam cedendo. Ontem, títulos europeus realizaram movimento parecido.

Por aqui, isso acabou por tirar alguma pressão da curva futura e fez com que os contratos de DI pudessem precificar melhora nas taxas, com o fim do ciclo de cortes da Selic saindo dos 10,75% ao ano registrados na semana passada para próximo de 10,25% a.a..

A percepção de que as chances de novos atores nas batalhas diminui também tem ajudado. Um dos riscos monitorados de perto pelos investidores é a de adesão de países árabes no conflito, o que poderia fazer com que os preços do petróleo alcançassem novas máximas.

Agora pela manhã, o preço da commodity recuava cerca de 0,5%, após a forte alta de ontem. O barril do tipo Brent era negociado a US$ 87,70. Ainda no campo das commodities, o minério de ferro voltou a registrar desvalorização, com a tonelada vendida a US$ 110,85 (-1,31%) na primeira parte da sessão em Singapura.

Agenda econômica vazia por hoje. Amanhã, o PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês) nos Estados Unidos pode mexer com o mercado. Também na quarta-feira, a atenção, por aqui, fica voltada para a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).