A terça-feira foi de ganhos expressivos para os ativos brasileiros, após as medidas de resposta aos atos de vandalismo no domingo terem sido aplicadas sem novos transtornos. A solidez institucional do país na resposta ao tumulto do fim de semana trouxe alívio aos investidores e ajudou na recuperação da bolsa, dos juros futuros e do real na sessão.

O Ibovespa subiu 1,55% no dia, puxado por Vale e bancos. Além do ambiente externo favorável, os papéis brasileiros acompanharam o otimismo externo após Jerome Powell (presidente do FED) ter evitado falar da trajetória dos juros norte-americanos durante discurso na Suécia. O S&P 500 encerrou o dia em alta de 0,70%, e a Nasdaq registrou ganhos de 1,01%.

A curva de juros brasileira voltou a fechar na ponta longa com o alívio político, mas a divulgação do IPCA de dezembro acima do esperado fez com que os vencimento mais curtos fossem reajustados para cima. A precificação do mercado aprofundou as apostas de corte na Selic no segundo semestre do ano, e, agora, mostra a taxa básica de juros levemente abaixo do 13% no final de 2023.

O real se fortaleceu frente ao dólar e teve a segunda melhor performance entre as moedas emergentes. Com isso, o dólar encerrou o dia em queda de 1,05%, aos R$ 5,20.