Em dia de noticiário morno na seara econômica, investidores reduziram a exposição à bolsa de valores novamente. O Ibovespa encerrou a quarta-feira em queda de 0,72%, aos 116,6 mil pontos. Vale e bancos foram as principais contribuições negativas no indicador, com dados industriais chineses mais fracos que o esperado e queda nos preços internacionais do minério de ferro. Os banco sofreram com declaração do secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, de que o governo estuda impor um limite aos juros cobrados nos cartões de crédito.

Os juros futuros fecharam com altas nos vencimentos intermediários e longos, e estabilidade na ponta mais curta. As apostas do mercado continuam concentradas em uma redução da Selic a partir de agosto. Amanhã, porém, a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que vai definir a meta de inflação de 2026, ainda pode mexer com os juros. O encontro é considerado um fator de risco entre os investidores. Ainda há insegurança sobre se o governo vai propor flexibilizar as metas de inflação de alguma forma, o que pode ser entendido como falta de compromisso do Executivo com o combate à inflação.

Por fim, o dólar teve um dia de ganhos contra boa parte das moedas globais e um desempenho ainda mais forte contra as emergentes. A divisa americana se valorizou 0,89% contra o real e encerrou o dia cotada a RS 4,85, maior nível das últimas duas semanas.