A semana em que a S&P Global Ratings revisou a perspectiva da nota de crédito brasileira de neutra para positiva, o Ibovespa registrou a oitava semana consecutiva com valorização. Desta vez, o índice subiu 1,49% para encerrar o período em 118,7 mil pontos. No dia, o indicador recuou 0,39%.

As três principais altas do Ibov na semana ficaram com as ações da Braskem (+17,41%), da Yduqs (11,91%) e Gol Linhas Aéreas (9,99%). Do lado contrário, o setor de varejo, que ainda sente o peso dos juros altos, liderou as perdas. Os papéis de Lojas Renner (-6,87%), Magalu (-6,55%) e Arezzo (-5,20%) ocuparam as principais posições do lado negativo. Vale ressaltar, porém, que das 86 ações que compõem o índice, 48 delas apresentaram ganhos no período.

O real foi outro destaque da semana. A moeda brasileira respondeu bem aos dias de perda de força do par americano e fechou em R$ 4,82, com o dólar recuando quase 1,2% frente a divisa brasileira. O diferencial de juros entre o Brasil e outros países do mundo continua a ajudar o câmbio.

Os juros futuros, por sinal, corrigiram a forte queda da semana passada nos vencimentos curtos e intermediários, mas aprofundaram a queda nos prazos acima de oito anos. Apesar disso a curva continua precificando o primeiro corte da Selic em agosto deste ano.

Na semana que vem, os investidores devem acompanhar com atenção o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) após a decisão sobre os rumos da taxa básica de juros. A expectativa do mercado é de manutenção da Selic em 13,75% a.a., mas com uma sinalização de que o início do ciclo de cortes pode começar mais cedo do que tarde.