Haddad minimiza racha no Copom: “Vou esperar a ata”
Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, formado pelo presidente, Roberto Campos Neto, e pelos diretores da instituição, decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa básica de juros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preferiu não comentar o “racha” na decisão entre os integrantes da diretoria do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic. Na quarta-feira, 8, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, formado pelo presidente, Roberto Campos Neto, e pelos diretores da instituição, decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa básica de juros.
A taxa caiu 0,25 ponto percentual e interrompeu a sequência de seis reduções de 0,50 p.p. iniciada em agosto. Com isso, o patamar do indicador vai a 10,50% ao ano. A decisão, no entanto, foi marcada por uma divisão entre os integrantes do Copom.
Os quatro diretores indicados pelo presidente Lula (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Mas foram voto vencido.
Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. “Eu vou esperar a ata [do Copom, que sai na terça-feira da próxima semana], acho que a ata pode esclarecer melhor o que passou. O comunicado está muito sintético”, declarou Haddad.
Em comunicado sobre a decisão, o Copom não indicou a possibilidade de novos cortes de juros. Isso marca uma mudança, pois a entidade vinha fazendo essa sinalização até a reunião anterior, realizada em março.
“O Comitê também reforça, com especial ênfase, que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, disse o Copom, do Banco Central.
Como a diretoria votou?
Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.
Os quatro diretores indicados pelo governo Lula – Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira – votaram em uma redução de 0,50 p.p
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