Haddad entrega plano de contingência do tarifaço a Lula
Propostas de socorro aos setores mais afetados pelas tarifas devem ser enviadas ao Congresso por meio de Medida Provisória
O Ministério da Fazenda entregou na quarta-feira, 6, um plano de contingência, com medidas de socorro aos setores afetados pelo tarifaço, ao presidente Lula (PT).
Mais cedo, o ministro Fernando Haddad disse a jornalistas que as propostas devem ser enviadas ao Congresso por meio de Medida Provisória.
“Vamos ter um plano muito detalhado, para começar a atender sobretudo aqueles que são pequenos e não têm alternativa a exportação para os Estados Unidos, que é a preocupação maior do presidente, o pequeno produtor”, afirmou o chefe da equipe econômica.
Segundo o Estadão, a pasta ofereceu a Lula opções que vão desde linhas de crédito para abastecer o capital de giro das empresas ao aumento de compras governamentais.
Lula descarta a taxação de produtos americanos
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Lula falou sobre a necessidade da “manutenção de empregos”, além de medidas que auxiliem empresas a “procurar novos mercados”.
O petista também descartou a possibilidade de taxar os produtos americanos.
“Eu poderia taxar produtos americanos, mas não farei, porque não quero ter mesmo comportamento [que Donald Trump]”, afirmou.
Brasil vai à OMC contra o tarifaço
O Itamaraty divulgou na quarta, 6, uma nota oficial informando que o Brasil apresentou um pedido de consultas do Brasil aos Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o tarifaço de 50% estabelecido pelo governo Trump aos produtos brasileiros.
No documento, o governo questiona as medidas tarifárias aplicadas pelos EUA com base na “Lei dos Poderes Econômicos de Emergência Internacional (“International Emergency Economic Powers Act” – IEEPA)” e na Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana de 1974.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a política adotada pelo governo Trump viola “flagrantemente” os compromissos assumidos pelos EUA na OMC .
As consultas bilaterais representam “a primeira etapa formal no âmbito do sistema de solução de controvérsias” na entidade.
“O governo brasileiro reitera sua disposição para negociação e espera que as consultas contribuam para uma solução para a questão. A data e o local das consultas deverão ser acordados entre as duas partes nas próximas semanas”, diz trecho.
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