Paulo Guedes (foto), suposto ministro da Economia, disse há pouco, em evento do BTG Pactual, ser contra a concessão de reajustes salariais a servidores neste momento.

No ano passado, o governo articulou a aprovação do Orçamento de 2022 com a previsão de um aumento para policiais. A medida deu início a uma série de protestos e paralisações de diversas categorias pedindo reajuste.

O governo agora cogita conceder um aumento linear de R$ 400 para todos os funcionários da União.

Segundo Guedes, conceder o reajuste seria “anular os ganhos” obtidos com a retomada do respeito às regras fiscais.

 “Agora, estamos num momento crítico. Vamos anular esses ganhos numa escalada de reajuste, com reposições salariais? Perdas salariais foram sofridas no mundo inteiro. Não foi só perda salarial. Perda de capital. Houve perda de salário, de aposentadoria. Agora, vamos à ideia de buscar reposição, de mergulhar no passado tenebroso de reindexação, recessão, de 10, 15 anos de impostos altos, ou vamos ter coragem de dizer: não temos isso agora, vamos esperar um pouco?”

Ontem, em entrevista à Jovem Pan, Guedes cogitou a possibilidade de não ser mais o ministro da Economia caso Jair Bolsonaro seja reeleito. A pergunta que fica é: ele ainda é?