O Ministério da Fazenda espera que o primeiro corte na taxa básica de juros (Selic) seja entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. A equipe de Fernando Haddad dá como certa a redução e o início de um ciclo de baixas no indicador.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne nesta terça (1º) e na quarta-feira (2) — quando a decisão será anunciada.

Fontes da pasta afirmaram a O Antagonista que Haddad está mais otimista e defende que o corte será 0,50 ponto percentual. Na contramão, parte dos técnicos trabalha com a expectativa de 0,25, o que irritaria o governo.

Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, têm feito pressão para que a redução ocorra. Para eles, a baixa é essencial para atrair investimentos, gerar empregos e estimular o consumo.

O governo federal defende que a conjuntura macroeconômica e fiscal sustenta a mudança. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, patamar que se mantém inalterado desde agosto de 2022.

O nível gerou atritos entre o governo, com direito a troca de farpas entre o presidente Lula e o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A agenda de reformas, a queda da inflação, a previsão de crescimento do PIB e a mudança na nota de crédito do país são os principais argumentos em favor da redução da Selic.

Na última semana, duas agências de classificação de risco aumentaram a nota de crédito do país e deu o recado: o mercado financeiro espera um corte.