O ministro da CGU, Vinicius Carvalho, afirmou que houve um uso “deturpado” dos programas sociais no ano passado, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro tentava a reeleição.

Uma auditoria da CGU identificou R$ 1,97 bilhão pagos indevidamente em benefícios criados pelo governo Bolsonaro em 2022. O valor é referente aos auxílios taxista e caminhoneiro.

“O que me parece claro é que houve, sim, um uso desses auxílios de maneira inadequada durante o período eleitoral. Seja pela concentração, como do ponto de vista do completo descuido com o desenho do programa e com as pessoas que iam se inserir no programa”, comentou o ministro.

Segundo o ministro, 93% do crédito consignado para quem recebe o antigo Auxílio Brasil foi feito durante as eleições. Os contratos tiveram taxas de juros muito maiores do que a média.

“Não existia uma decisão anterior sobre existência de crédito consignado para beneficiários de programas sociais. Essa foi uma decisão do governo e no período eleitoral. Essa é uma questão óbvia”, afirmou.

O ministro emendou:

“O que estamos falando aqui é do uso desses instrumentos durante o período eleitoral e o impacto que isso teve – ou pode ter tido – no resultado eleitoral, e o uso da administração pública para beneficiar ou sustentar uma campanha.”