Felippe Hermes na Crusoé: "Está morto. Viva o teto de gastos" Felippe Hermes na Crusoé: "Está morto. Viva o teto de gastos"
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Felippe Hermes na Crusoé: “Está morto. Viva o teto de gastos”

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3 minutos de leitura 31.03.2023 17:50 comentários
Economia

Felippe Hermes na Crusoé: “Está morto. Viva o teto de gastos”

Com nomes como Brad Pitt, Christian Bale e Margot Robbie, o filme A Grande Aposta (The Big Short), conseguiu a proeza de colocar nas telas de cinema uma história envolvente em torno de um assunto entediante: os credit default swaps, os tais derivativos...

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Felippe Hermes na Crusoé: “Está morto. Viva o teto de gastos”
Foto: Reprodução

Com nomes como Brad Pitt, Christian Bale e Margot Robbie, o filme A Grande Aposta (The Big Short), conseguiu a proeza de colocar nas telas de cinema uma história envolvente em torno de um assunto entediante: os credit default swaps, os tais derivativos.

O filme é um excelente resumo da crise de 2008, o que, dada a bagunça no sistema bancário atual, garante a você uma boa desculpa para assistir ou rever. Disponível no Prime Video, o filme é uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Michael Lewis, um jornalista que escreve para a Vanity Fair e o The New York Times.

Menos conhecido, porém, é o livro lançado na sequência por Lewis,  Boomerang, que narra as consequências da crise de 2008 nos chamados PIGS, uma abreviação nada lisonjeira (dado que PIGS significa “porcos” em inglês), para Portugal, Itália, Grécia e Espanha.

Os quatro países em questão possuem alguns traços culturais similares, mas o denominador comum abordado por Lewis é o elevado endividamento em relação ao PIB, além dos constantes déficits públicos.

Com exceção da Itália, os outros três países se destacam por serem significativamente mais pobres do que as três maiores potências da União Europeia na época da sua adesão ao bloco (França, Alemanha e Reino Unido).

Ainda assim, a despeito da disparidade, e como consequência de uma unidade monetária (o Euro e o Banco Central Europeu, BCE), o mercado entendeu que esses países eram muito mais seguros do que de fato eram.

Grécia, Portugal e Espanha em especial, passaram a captar recursos com juros iguais aos alemães. A diferença estava no apreço pela responsabilidade fiscal da Alemanha e dos outros países.

Com a dívida, Portugal construiu a sua Eurocopa, a Grécia suas Olimpíadas e a Espanha uma extensa e deficitária rede de trens de alta velocidade. Foram inúmeros gastos, seguidos pelo descaso com questões como previdência e custo da máquina pública.

Quando a crise de 2008 chegou, a maré baixou, deixando nítido quem estava nadando pelado.

Os países se viram forçados a reconhecer dívidas muito maiores do que alardeavam, além de déficits elevados.

Para compensar, entraram em uma onda de “ajustes”.

Em 3 de maio de 2013, com um déficit de 6,6% do PIB (pouco menor do que o do Brasil hoje), além de uma dívida de 120% do PIB, Portugal anunciou algumas medidas para conter a crise:

  • Cortes de 30 mil empregos públicos.
  • Aumento da idade mínima de aposentadoria para 66 anos (quem se aposentar antes pode perder até 40% do benefício).
  • Corte de 10% em aposentadorias
  • Aumento da jornada de trabalho de 35 para 40h semanais

Agora, imagine por um instante que em 2017 o Brasil anunciasse que para sair da grande depressão de 2014-16, precisaria realizar um ajuste similar…

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