Dívida pública federal subiu para R$ 8,48 trilhões em novembro, diz Tesouro
Relatório da Secretaria do Tesouro Nacional mostra que houve um aumento de 226,82 bilhões de reais (2,75%) em relação a outubro
O estoque da dívida pública federal (DPF) chegou a 8,48 trilhões de reais em novembro, segundo relatório divulgado nesta terça-feira, 30, pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O montante representa um aumento de 226,82 bilhões de reais (2,75%) em relação a outubro.
Em 2025, até novembro, o estoque da DPF cresceu 1,16 trilhão de reais (15,91%). No mês passado, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), principal componente do estoque da DPF, chegou a 8,16 trilhões de reais; foi um aumento de 216,9 bilhões de reais (2,72%) em relação a outubro.
Instituições financeiras são os principais detentores da DPMFi, com 33,2%, seguidos por Previdência (22,7%) e Fundos (20,9%).
O percentual de vencimentos da dívida pública federal para os próximos 12 meses caiu de 17,75% em outubro para 17,54% em novembro.
Dados do Tesouro Direto
O relatório traz os números atualizados do Tesouro Direto, programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para disponibilizar investimentos em títulos públicos federais ao brasileiros.
Em novembro, as vendas somaram 6,19 bilhões de reais, e os resgates, 3,37 bilhões de reais. O título público mais demandado foi o do tipo Tesouro Selic (57,43%).
O estoque do Tesouro Direto chegou a 205,41 bilhões de reais, um aumento de 2,21% em relação a outubro. Títulos indexados à inflação representam 50,45% do estoque.
Ainda de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, operações até 5 mil reais responderam por 81,6% das compras do Tesouro Direto no mês passado e houve 51.511 novos investidores ativos. O número total de investidores ativos alcançou 3,31 milhões, o que representa uma variação de 19,20% nos últimos 12 meses.
Déficit bilionário
Na segunda-feira, a STN informou que o governo federal apresentou um déficit primário de 20,2 bilhões de reais em novembro, ante um resultado negativo de 4,5 bilhões de reais no mesmo mês do ano anterior (em termos nominais).
O déficit primário ocorre quando as receitas do governo são menores que suas despesas, excluindo o pagamento de juros e amortização da dívida pública.
Segundo a STN, o déficit do mês passado ficou acima da mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que apontava para um resultado negativo de 12,7 bilhões de reais.
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