O mercado continua avaliando a possível melhora das contas públicas após a divulgação do plano econômico do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e tem visto o esforço como uma boa notícia. Há críticas no sentido de o pacote ainda não enfrentar a questão do corte de despesas de forma mais contundente, mas mesmo assim a curva de juros futuros têm recuado consistentemente nos últimos dias.

Hoje, além do ambiente político menos estressado, a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) com retração de 0,55% em dezembro, contra uma expectativa de -0,30% e -0,05% em novembro, fez os investidores aprofundarem as apostas de cortes na taxa básica de juros mais incisivos ainda este ano. Atualmente, o mercado precifica uma queda de mais de 1,5 p.p. na taxa Selic até dezembro deste ano.

Na bolsa de valores, no entanto, não há muito otimismo. Nesta sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda (-0,84%) pelo segundo dia consecutivo, na contramão das bolsas norte-americanas, com Eletrobras pesando mais negativamente no índice. No entanto, o dia foi de aversão a risco na B3 com apenas 15 das 89 ações que compõem o Ibov em alta.

O real encerrou o dia estável contra o dólar, com a moeda americana valendo R$ 5,10.