Decisão sobre meta de inflação no radar nesta quinta-feira
Três eventos do dia de hoje tem grande potencial para mexer com as expectativas dos agentes econômicos: o primeiro deles...
Três eventos do dia de hoje tem grande potencial para mexer com as expectativas dos agentes econômicos: o primeiro deles é a divulgação do IGP-M; em seguida, o mercado acompanha a entrevista coletiva de Roberto Campos Neto, às 11h, e a conclusão do encontro entre o presidente do BC e os ministros da Fazenda e do Planejamento pelo CMN durante a tarde.
Agora às 8h, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). O número veio bem abaixo da expectativa e registrou uma deflação de 1,93% em junho na comparação com maio, que tinha ficado em -1,84%. Na leitura anual, a inflação do aluguel, como também é conhecido o indicador, ficou em -6,86%, contra -6,68% das expectativas e -4,47% registrados no acumulado de doze meses até maio. Com forte componente dos preços no atacado, os números de hoje podem aproximar as expectativas de inflação das metas de 2023 e 2024, o que reforçaria as apostas em cortes de juros mais significativos a partir de agosto.
Antes do almoço, o diretor de Política Econômica e o presidente do Banco Central, Diogo Guillen e Campos Neto, concedem entrevista coletiva para apresentação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), o documento mais completo da autoridade monetária sobre as perspectivas da autarquia para o estado da pressão sobre os preços na economia brasileira.
A partir das 15h, o CMN reúne Haddad, Tebet e Campos Neto para definir a meta de inflação para 2026. A expectativa é de que o governo, que tem dois dos três votos no Conselho, mantenha os objetivos inalterados para os próximos dois anos e estenda a meta de 3% de inflação para o ano de 2026, com manutenção da tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixa. Uma mudança no sistema de metas, porém, pode ser anunciado ainda hoje: a flexibilização da meta de ano calendário para um método de apuração contínuo (sem a rigidez do ano-calendário).
No cenário externo, bolsas globais tentam apresentar recuperação das quedas recentes, apesar dos recados mais duros dos presidentes dos Bancos Centrais da Europa, dos Estados Unidos e da Inglaterra ontem.
No campo das commodities, minério de ferro encerrou a primeira parte da sessão em Singapura em queda de 0,64%, a US$ 112,65/tonelada. O petróleo subia 0,38% no início do dia, cotado a US$ 74,31 o barril do tipo Brent, às 8h14.
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