A semana será de atenção aos números da pressão sobres os preços por aqui e nos Estados Unidos a apenas uma semana de decisões sobre juros básicos nas duas economias. Assim como no início do ciclo de cortes de juros no Brasil, em agosto do ano passado, os dois países estão novamente vivendo dinâmicas opostas.

Os números do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) americano, na quarta-feira, 11, devem ajudar a apontar o tamanho do cortes na taxa básica dos EUA. A expectativa é que o indicador mostre estabilidade na média de preços para agosto na comparação mensal, em 0,2%. Na leitura anual, o índice deve desacelerar de 2,9% em julho para 2,6% agora.

Se os dados vierem mais fracos que o esperado, os investidores podem aumentar as apostas em um corte mais agressivo nos juros americanos. Atualmente, a precificação das taxas americanas indica uma chance de 24% para um corte de 0,50 ponto percentual para a semana que vem.

Por aqui, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve apontar, nesta terça-feira, 10, o tamanho da alta na taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nos dias 17 e 18. A expectativa é de desaceleração no indicador de 0,38% em julho, para 0,01% em agosto. No acumulado de 12 meses, o índice deve se afastar dos 4,50% (limite da meta de inflação) até julho para 4,27% no período terminado em agosto.

Números mais fortes que o esperado podem reforçar a visão minoritária de uma elevação na Selic de 0,50 p.p. na semana que vem. Por enquanto, as opções de Copom negociadas na B3 indicam uma probabilidade de 74% para uma elevação de 0,25 p.p. na taxa básica de juros. Enquanto a precificação na curva de juros futuros, praticamente, abandonou a ideia de um aumento acima de 0,25p.p..

De acordo com os discursos de membros dos bancos centrais dos dois países são o dados econômicos que devem definir a amplitude dos movimentos em ambos, embora a direção pareça estar definida.