Crusoé: “Um choque de anticapitalismo”
A regulação do setor elétrico, que deveria dar segurança aos brasileiros no fornecimento de energia, cada vez mais garante demanda e lucros aos amigos de quem faz as leis, diz Crusoé, em matéria assinada por Rodrigo Oliveira.
A regulação do setor elétrico, que deveria dar segurança aos brasileiros no fornecimento de energia, cada vez mais garante demanda e lucros aos amigos de quem faz as leis, diz Crusoé, em matéria assinada por Rodrigo Oliveira.
“Na primeira década do século de 1900, o diretor-geral de saúde pública do Rio de Janeiro Oswaldo Cruz lançou uma campanha para a eliminação de ratos, em combate à Peste Bubônica. A iniciativa previa recompensa financeira a brasileiros que matassem e apresentassem os ratos mortos às autoridades.”
“A medida, que pretendia ajudar a sanear um problema de saúde pública, rapidamente se tornou um lucrativo negócio. Parte da sociedade sabotou o sistema em seu próprio favor e passou a criar ratos para vender ao governo.”
“O episódio ajuda a pensar na situação atual do setor elétrico brasileiro, altamente regulado com o intuito de proporcionar segurança à sociedade. Não demorou para que alguns entendessem o jogo e fizessem das regras destinadas a dar estabilidade ao sistema de abastecimento, regras para dar garantia de lucro aos seus próprios negócios. Quanto aos custos, eles ficam por conta do consumidor de eletricidade.”
“O exemplo mais recente é o PL (Projeto de Lei) 11247/18, que trata do incentivo a eólicas offshore, aprovado por 403 deputados federais no dia 29 de novembro deste ano. Apenas 16 dos parlamentares presentes foram contra o texto que deve gerar um custo para o consumidor de energia elétrica próximo a R$ 25 bilhões por ano até 2050, caso se torne lei nos moldes atuais. Um total estimado em R$ 658 bilhões.”
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