Crusoé: Grevistas usam meta fiscal para pressionar governo Lula
"Qualquer frustração de receitas no ano de 2025 poderá comprometer o cumprimento das metas fiscais previstas no arcabouço fiscal", diz Dão Real, presidente do Sindifisco Nacional

O presidente do Sindifisco Nacional, Dão Real (foto), gravou um vídeo para dizer que “corre-se um grande risco de vermos comprometidas as metas de arrecadação [do governo Lula] até o final do ano”. A gravação foi divulgada para pressionar o governo por um entendimento que dê fim à greve dos auditores federais, representados pelo Sindifisco Nacional.
“Estamos já há quase 120 dias de greve, todo um primeiro trimestre do ano comprometido para a Receita Federal”, diz Real no vídeo divulgado na sexta-feira, 21, quando a greve completava 115 dias. Ele segue:
“E precisamos de uma solução urgente para os pleitos dos auditorias impostos fiscais. Na verdade, o governo precisa de uma solução para este problema, porque senão corre-se um grande risco de termos comprometido, de vermos comprometidas as metas de arrecadação até o final do ano.
Vejam, a Receita Federal trabalha por metas, a cada trimestre cumpre determinadas, determinados compromissos em termos de arrecadação. E nós sabemos que um trimestre inteiro parado tem um potencial enorme de comprometer a arrecadação e os planos de trabalho até o final do ano. Portanto, a urgência na solução do pleito, ela já é uma urgência para o governo federal.”
Acordo
Os auditores pressionam pelo cumprimento de um acordo firmado em fevereiro de 2024 com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que prevê instalar uma mesa de negociações para discutir o reajuste do vencimento básico da categoria para 2025 e 2026.
O Ministério disse, em nota, que “na negociação, acatou-se a proposta da categoria pela regulamentação do bônus”, completando:
“O reajuste do teto do bônus resultou em um aumento nos ganhos mensais dos auditores fiscais compatível com as atribuições e a complexidade da carreira, e respeitando o limite orçamentário para os reajustes, podendo alcançar R$ 41,26 mil, em fevereiro de 2026, para servidores no ‘topo’ da carreira.”
Impacto
O Sindifisco Nacional, que…
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Comentários (2)
Angelo Sanchez
25.03.2025 15:45Os Auditores Federais da receita devem reivindicar paridade com outras categorias que tem prerrogativas de atividade exclusiva de estado, sem nenhuma contaminação ideológica do governo de plantão, um bônus salarial sobre a arrecadação não é a melhor via reinvindicatoria para promover greves.
JEAN PAULO NIERO MAZON
24.03.2025 12:2240 mil reais para um funcionário público? Como diz Millei, são uma casta! Tem que passar o motoserra