Com estreia de indicados de Lula, Copom inicia debate do corte nos juros
Os novos diretores do Banco Central, Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino Santos, participam nesta terça-feira (31) da primeira reunião do...
Os novos diretores do Banco Central, Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino Santos, participam nesta terça-feira (31) da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Os indicados de Lula estreiam sob pressão para a baixa da taxa básica de juros (Selic).
A expectativa é de que ocorra o primeiro corte no indicador, atualmente no patamar de 13,75% ao ano, o mesmo desde agosto de 2022. O Ministério da Fazenda espera uma redução entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. O Copom do Banco Central divulga a decisão na quarta-feira (2).
Na semana passada, como mostrou O Antagonista, o governo federal esperava que a taxa seja reduzida em dois pontos percentuais até dezembro.
Haddad e Tebet têm feito pressão para que a redução ocorra. Para eles, a baixa é essencial para atrair investimentos, gerar empregos e estimular o consumo.
O nível da taxa gerou atritos entre o governo, com direito a troca de farpas entre o presidente Lula e o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto. O petista se acostumou a se referir a Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como “cidadão”, sem mencionar seu nome.
A agenda de reformas, a queda da inflação, a previsão de crescimento do PIB e a mudança na nota de crédito do país são os principais argumentos em favor da redução da Selic.
Os indicados
Galípolo, até então, era o número dois do Ministério da Fazenda, auxiliando o chefe da pasta Fernando Haddad. Agora, está na Diretoria de Política Monetária.
Aquino é auditor chefe no Banco Central há 25 anos e é graduado em ciências contábeis e direito. Ele já ocupou o cargo de chefe do departamento de contabilidade, orçamento e execução financeira. Atualmente é diretor de Fiscalização — o primeiro negro a ocupar uma cadeira na cúpula do Banco Central.
Galípolo e Aquino foram indicados com uma missão clara: baixar os juros. Porém, terão que convencer os outros sete integrantes do colegiado.
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