Cautela no mercado financeiro antes de decisão sobre juros
Enquanto aguardam definição dos bancos centrais sobre a política monetária em dois dias, investidores adotam prudência
Investidores operaram sem correr muitos riscos, a espera das definições das taxas básicas de juros no Brasil e nos Estados Unidos na quarta-feira, 31. Embora não haja muitas dúvidas sobre sobre qual como ficarão os juros nos dois países, a expectativa é sobre as novas sinalizações que os Bancos Centrais pode indicar.
Por aqui, o BC deve cortar a Selic em 0,50 ponto percentual. O que o mercado quer saber, no entanto, é se a autoridade monetária manterá o aviso de mais cortes na mesma magnitude ou apontará para uma aceleração no ritmos de reduções da taxa básica brasileira, que hoje esta em 11,75% ao ano.
Os juros futuros subiram um pouco ao longo de todos os vencimento, com os curtos se movimentando em até 0,02 pontos percentuais e os longos chegando a avançar mais de 0,06 pontos percentuais.
Nos Estados Unidos, o FED (Federal Reserve) deve manter a taxa no patamar atual, entre 5,25% e 5,50% ao ano. Por lá também, o suspense está no tom a ser adotado pela autarquia sobre as próximas reuniões do banco central americano. Nos dias que antecederam o período de silêncio pré-decisão, diversos membros da autoridade monetária americana indicaram que os cortes deve ficar mais próximo do 2º semestre.
Apesar disso, os operadores de mercado ainda mantém a precificação de uma chance de 50% de um corte ainda em março. Essa probabilidade já esteve em 90% a algumas semanas, mas apesar da redução na convicção sobre um corte na reunião seguinte a essa, os investidores ainda não se convenceram sobre o adiamento do início do ciclo de cortes somente em maio ou junho.
O dólar opera em alta praticamente durante toda a sessão desta segunda-feira, 29, e encerrou o dia em alta de 0,76%, cotado a 4,95 reais. O movimento fez a moeda brasileira registrar a segunda pior performance entra as divisas estrangeiras contra a americana.
Ibovespa recua mesmo com alta em Nova York
O Ibovespa, principal índice acionário, encerrou as negociações desta segunda-feira em queda de 0,36%, aos 128,5 mil pontos, apesar da alta nas principais bolsas americanas. As principais empresas Vale e Suzano são as principais responsáveis por essa redução foram a mineradora Vale (-0,47%) e a empresa de celulose Suzano (-3,99%).
O destaque entre as baixas, no entanto, ficou com as ações da Gol Linhas Aéreas, que recuara 33,61% na sessão. A companhia enfrenta um processo de recuperação judicial, além do pedidos da bolsa de Nova Iorque pela delistagem da brasileira nos Estados Unidos.
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