Ativos nacionais têm piora com mau humor nos Estados Unidos
Apesar do otimismo no início do dia com a aparente retomada na economia chinesa, os mercados viraram para o negativo ainda antes do meio-dia com dados americanos indicando que o FED (Federal Reserve) pode ser forçado a manter os juros elevados por mais tempo que o esperado ou até aumentar as taxas em um futuro próximo...
Apesar do otimismo no início do dia com a aparente retomada na economia chinesa, os mercados viraram para o negativo ainda antes do meio-dia com dados americanos indicando que o FED (Federal Reserve) pode ser forçado a manter os juros elevados nos EUA por mais tempo que o esperado ou até aumentar as taxas em um futuro próximo.
A atividade industrial nos Estados Unidos subiu 0,4% em agosto, contra uma expectativa de manutenção do crescimento registrado em julho de 0,1%. Outro dado que reforçou o sentimento de que a economia americana não está dando sinais de arrefecimento foi o Índice Empire State de Manufatura (ESMI, na sigla em inglês) que ficou em 1,9 contra uma expectativa de queda de 10 pontos. Números acima de zero no ESMI indicam expansão econômica.
Além disso, o acirramento no mercado de trabalho por salários que compensem o surto inflacionário recente nos EUA também preocupou. O anúncio do início de uma greve dos trabalhadores de fábricas de automóveis por lá ajudou a imprimir um dia de cautela.
Com isso, as taxas de juros futuros americanas subiram e as bolsas em Nova Iorque cederam. Os ativos nacionais acompanharam o movimento, e com a perda de impulso dos preços das commodities não demorou para que o Ibovespa também fosse para o negativo. No fim do dia, o índice brasileiro recuou 0,53%, aos 118,8 mil pontos, e interrompeu a sequência de quatro sessões consecutivas em alta. Ainda assim, na semana o indicador acumulou 2,99% de ganhos, na melhor semana para a bolsa desde meados de junho.
As taxas para os juros futuros por aqui ganharam de 7 a 12 pontos base nos vencimentos intermediários e longos e operaram com leve alta para os prazos mais curtos. Assim, a precificação para as próximas decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) não sofreram alterações significativas. O mercado dá como certo um corte de 0,5 ponto percentual na Selic na próxima reunião do colegiado na semana que vem, e manteve espaço para dúvidas sobre uma possível redução na taxa de 0,75 p.p. antes do fim do ano.
O dólar encerrou o dia praticamente estável contra o real, cotado a R$ 4,87, em uma semana que viu a moeda brasileira voltar a ficar abaixo de R$ 4,90 após 15 dias.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)