Os investidores nacionais estão cada vez mais seguros de que o Banco Central não terá outra saída a não ser reduzir a Selic em 50 pontos base na reunião do Conselho de Política Monetária na semana que vem. É isso que mostram as opões de Copom negociadas na B3. Pela primeira vez, o derivativo aponta chances maiores de um corte de 0,5 p.p.  em comparação com uma redução de apenas 0,25 p.p. na próxima reunião dos diretores do BC. No fechamento dos negócios de hoje, a opção que sinaliza um corte de meio ponto percentual passou para 48% de probabilidade contra 46% para a que prevê um corte menor. É a primeira vez que isso acontece.

Amanhã pela manhã, o IPCA -15 – conhecido como prévia da inflação oficial – pode decidir a disputa entre os grupos. A expectativa é de que o índice apresente deflação de 0,02% na comparação com o mês anterior. Caso o número não se confirme é esperada uma correção nas expectativas de uma redução mais siginificativa na Selic. Se o dado vier ainda melhor que o esperado, as apostas em 0,5 p.p. de corte devem crescer ainda mais.

A curva de juros futuros também se movimentou na mesma direção, e as taxas cederam em todos os vencimentos, indicando que o mercado precifica juros mais baixos para os próximos anos. A precificação da curva indica uma chance de mais de pouco mais de 50% de um corte maior que 0,25 p.p..

O Ibovespa, principal índice acionário nacional, também teve uma dia positivo e abriu a semana com ganhos de 0,94%, para 121,3 mil pontos. O destaque de alta ficou por conta das ações da WEG, que subiu 6,81% em função de rumores de que a empresa teria sido escolhida como fornecedora de motores elétricos para a SpaceX de Elon Musk. A companhia não confirmou as notícias sobre o assunto. Do lado negativo, os papéis da IRB Brasil Resseguros encerraram o dia valendo 14,40% menos, com rebaixamento das ações por analistas do banco BTG Pactual após a divulgação de prejuízo líquido de R$ 10,4 milhões em maio.

O dólar caiur mais de 1% contra o real com alta nos preço das commodities. A moeda brasileira registrava a segunda melhor performance contra a divisa americana entre as emergentes em dia favorável para matérias-primas agrícolas, após ataque russo à Ucrânia. Às 17h33, o dólar era negociado a R$ 4,73, menor patamar desde maio do ano passado.