Os investidores fecharam a semana firmes na convicção de que o Banco Central vai elevar o patamar dos juros básicos na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nos dias 17 e 18 de setembro.

Nos último cinco dias, os juros futuros acumularam alta em todos prazos para acomodar a nova perspectiva para as taxas. A principal aposta é de um aumento de 0,25 ponto percentual na semana que vem, mas o mercado financeiro também está precificando a Selic a 12% em janeiro do ano que vem. Isso significa, pelo menos, mais três reajustes na taxa básica.

Nas opções de Copom negociadas na B3, as apostas em uma manutenção dos juros básico no atual patamar de 10,50% ao ano, majoritárias até meados de agosto, encerraram a sexta-feira, 13, apontando apenas 8% de probabilidade. Enquanto isso, os papéis relativos a um aumento de 0,25 p.p. passaram de pouco mais de 30% para 76% de chances no período.

O dólar encerrou a semana em queda de pouco mais de 0,5%, saindo dos 5,60 reais do fechamento da semana anterior para 5,57 reais. As idas e vindas da moeda americana acompanharam as mudanças de expectativas sobre o patamar dos juros americanos a partir da semana que vem, quando o FED (Federal Reserve) se reúne para discutir a taxa básica do Estados Unidos. Por lá, no entanto, a dúvida é o tamanho do corte nos juros.

No mercado acionário, o Ibovespa encerrou a semana em alta de 0,23%, aos 134,9 mil pontos. Em setembro, o principal índice da renda variável no país continua no negativo, em 0,83%. No acumulado do ano, o indicador está com valorização de 0,52%.

Apesar da pressão dos juros, as empresas de consumo discricionário registraram as melhores performance do Ibovespa na semana, com Yduqs (+13,53%), Azul (+11,49%) e CVC (+9,47%) liderando as altas. Na ponta oposta, os papéis de Assaí (-6,88%), Caixa Seguridade (-5,30%) e IRB Resseguradora (-5,11%) foram as principais quedas.