O repórter do Guardian, nesta segunda-feira, fotografou uma placa na entrada de Odessa.

Com setas à direita, à esquerda e em frente, ela diz “vai se foder”, “vai se foder de novo”, “vai se foder Rússia”.

A última mensagem do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi semelhante:

“Não perdoaremos as casas destruídas. Não perdoaremos os mais de quinhentos mísseis que atingiram nossa terra e nosso povo. Não perdoaremos o fuzilamento de pessoas desarmadas. Não vamos perdoar. Deus não perdoará. Hoje, não. Amanhã, não. Nunca. Em vez de Perdão, haverá um Juízo Final. Tenho certeza disso”.

Os analistas militares duvidam que os soldados ucranianos possam resistir por muito tempo, por mais heróicos que sejam. Há também quem duvide que as medidas tomadas pelas democracias ocidentais para castigar a economia russa possam deter Vladimir Putin. Mas é preciso ver as coisas de outra maneira. O carniceiro russo nunca vai pacificar os ucranianos, que vão continuar combatendo, com táticas de guerrilha, até expulsarem o invasor. E as medidas tomadas contra Moscou são inéditas – por seu alcance e pela rapidez com as quais foram postas em prática.

Putin pode até conquistar Odessa e o resto da Ucrânia. No fim, porém, ele tem tudo para se foder.