Terceira Via não existe
A Terceira Via foi a Boston com quatro candidatos e saiu de lá com os mesmos quatro candidatos: Sergio Moro, Simone Tebet, Eduardo Leite e João Doria. Ciro Gomes, que tem um pezinho na Terceira Via e o outro fora, continuou assim. Na semana passada, os caciques do Centro Democrático reuniram-se para negociar uma candidatura única, mas o acordo tem tudo para fracassar, porque ninguém está disposto a renunciar a nada...
A Terceira Via foi a Boston com quatro candidatos e saiu de lá com os mesmos quatro candidatos: Sergio Moro, Simone Tebet, Eduardo Leite e João Doria.
Ciro Gomes, que tem um pezinho na Terceira Via e o outro fora, continuou assim.
Na semana passada, os caciques do Centro Democrático reuniram-se para negociar uma candidatura única, mas o acordo tem tudo para fracassar, porque ninguém está disposto a renunciar a nada.
Uma parte da Terceira Via quer usar a candidatura para aderir ao bolsonarismo, outra parte quer barganhar com Lula no segundo turno, a terceira parte já está pensando em 2026, e há até uma minoria que ainda aposta numa reviravolta nas urnas, capaz de derrotar os dois desastres.
O fiasco da Terceira Via, portanto, é existencial, muito mais do que eleitoral. Não há um projeto comum – e nunca haverá.
Os franceses votaram em doze candidatos no primeiro turno: quatro de extrema-esquerda, dois de extrema-direita e seis embolados no meio. Em vez de ludibriar o eleitorado com a falsa promessa de um candidato único, os partidos do Centro Democrático talvez devessem fazer o mesmo, oferecendo aos eleitores quatro, cinco ou seis nomes nanicos. Cada um por si. E todos por todos.
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