O Brasil é monarkista
Igualar o nazismo ao comunismo, como fez Eduardo Bolsonaro, é uma maneira de relativizar o mal absoluto: os campos de extermínio (leia a excelente coluna de Mario Sabino na Crusoé). Nesta segunda-feira, o embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, foi perguntado sobre o assunto pela Folha de S. Paulo. Ele respondeu: “Não vou entrar para o campo das ciências políticas, mas acho que ainda tem uma diferença entre o comunismo e o nazismo...
Igualar o nazismo ao comunismo, como fez Eduardo Bolsonaro, é uma maneira de relativizar o mal absoluto: os campos de extermínio (leia a excelente coluna de Mario Sabino na Crusoé).
Nesta segunda-feira, o embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, foi perguntado sobre o assunto pela Folha de S. Paulo. Ele respondeu:
“Não vou entrar para o campo das ciências políticas, mas acho que ainda tem uma diferença entre o comunismo e o nazismo. Comunismo, tanto quanto sei, não convocou para o assassinato de grupos de pessoas e populações”.
Ao tratar dos casos de Monark e Adrilles Jorge, o embaixador destacou que há também um antissemitismo de esquerda no Brasil:
“Infelizmente parece que não é uma coisa totalmente isolada. Conhecemos casos de antissemitismo contra judeus e contra instituições judaicas, também aqui no Brasil. Não sei se agora tem mais do que antes ou se ouvimos mais sobre esse tipo de acontecimento. Quando ouvimos no Flow ou na Jovem Pan; ou ainda na UNB, quando tem lá um discurso sobre a questão palestina e combate ao sionismo — que é o movimento nacional do povo judeu, para criar o Estado israelense. Isso está fazendo deslegitimação do Estado de Israel. Acredito que parte da base disso seja antissemitismo”.
De Dudu Bananinha à UNB, o Brasil é monarkista.
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