Jair Bolsonaro foi encurralado por Luis Miranda. A versão oficial para o episódio da Covaxin é praticamente uma admissão de culpa.

Flávio Bolsonaro, em entrevista para O Globo, confirmou a denúncia do deputado:

“O presidente informou ao ministro da Saúde o que tinha sido relatado. O ministro, na sua hierarquia de comando, cobrou também algum retorno, se havia algo de irregular. O retorno foi que não havia nada irregular, processualmente falando”.

O jornal perguntou se há algum registro mostrando que o sociopata de fato tratou do assunto com Eduardo Pazuello. Flávio Bolsonaro respondeu:

“Acredito que não. Isso acontece muito pelo telefone. ‘Olha, tem uma denúncia aqui, uma suspeita de irregularidade no contrato tal’. Aí avaliam que não tem nada e falam: ‘Chefe, a princípio não tem nada’”.

Segundo os bolsonaristas, portanto, um deputado federal, em plena pandemia, denunciou uma negociata de 1,6 bilhão de reais envolvendo vacinas e o presidente, depois de reclamar dos “rolos” do líder do governo, contentou-se com um telefonema no qual lhe disseram: “Chefe, a princípio não tem nada”.

A mudez do prevaricador sobre a denúncia de Luis Miranda está mais do que explicada.