A retirada das tropas bolsonaristas
O comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, o mais bolsonarista de todos os chefes militares, disse para a Folha de S. Paulo que vai aceitar o resultado das urnas, mesmo que elas consagrem o ex-presidiário Lula...
O comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, o mais bolsonarista de todos os chefes militares, disse para a Folha de S. Paulo que vai aceitar o resultado das urnas, mesmo que elas consagrem o ex-presidiário Lula:
“Lógico. Nós prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre (…). Como comandante da FAB, sempre ratifiquei a posição apartidária da Força. Uma coisa é falar de política, outra é de política partidária”.
O que ele diz é uma obviedade, mas não é tão óbvio assim que ele tenha decidido dar essa entrevista agora. Os comandantes militares entenderam que a aventura bolsonarista chegou ao fim, e que é preciso preparar o quartel para os novos tempos.
De fato, ele acrescentou:
“Eu receio que nossa sociedade esteja muito dividida, muito polarizada e radical. Isso é ruim para o futuro, estamos chegando a um nível de incapacidade de compreender uma visão diferente, e isso se reflete na disputa política. A FAB, e as Forças, tenho certeza, se manterão dentro de sua destinação constitucional. Não tomarão partido, a política não entrará nos nossos quartéis. Não há qualquer indução por parte do comando da FAB. Como cidadão, vejo com preocupação como estamos radicalizados, isso não é bom”.
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