Rita Lee nasceu para a música quando arte e política se aproximavam Rita Lee nasceu para a música quando arte e política se aproximavam
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Rita Lee nasceu para a música quando arte e política se aproximavam

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2 minutos de leitura 09.05.2023 11:39 comentários
Cultura

Rita Lee nasceu para a música quando arte e política se aproximavam

A carreira artística de Rita Lee, que faleceu aos 75 anos, nesta terça-feira (9), em São Paulo, se estendeu por sete décadas. Remonta aos anos 1960, quando ela, Sergio Dias e Arnaldo Baptista revolucionaram música brasileira com...

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Rita Lee nasceu para a música quando arte e política se aproximavam
Rita Lee, como vocalista do trio "Os Mutantes", em 1969. Foto: Arquivo Nacional

A carreira artística de Rita Lee, que faleceu aos 75 anos, nesta terça-feira (9), em São Paulo, se estendeu por sete décadas. Remonta aos anos 1960, quando ela, Sergio Dias e Arnaldo Baptista revolucionaram música brasileira com Os Mutantes, um dos primeiros e mais importantes símbolos de contracultura no Brasil.

Num momento inicial de afirmação da ditadura militar no Brasil, marcado pela hegemonia da Jovem Guarda, com suas canções adaptadas dos Estados Unidos e um visual mais agradável, a sonoridade de Os Mutantes assustava. Guitarras com efeitos pesados, uma sonoridade mais densa e o letras sobre temas existenciais refletiam uma tendência mundial (com o advento do rock progressivo e da cultura hippie) e mostravam um descontentamento latente com a sociedade moderna — um sentimento que nunca sumiu.

Durante os anos em que fez parte da banda, Rita Lee participou do Tropicália, disco comandado por Gilberto Gil e Caetano Veloso que acabou se tornando símbolo do movimento de vanguarda, que buscava dar tom próprio às influências estéticas e comportamentais da época.

O questionamento da ditadura militar era latente e “Panis et Circensis”, a mais destacada contribuição do grupo ao movimento, destacava o ranço com a alienação: “Essas pessoas na sala de jantar / São as pessoas da sala de jantar / Mas as pessoas na sala de jantar / São ocupadas em nascer e morrer.”

Mesmo após a saída da banda, em 1972, Rita Lee nunca deixou o ativismo político. Artista mais censurada pela ditadura militar, ela mantinha a provocação nas letras, como, por exemplo, em “Banho de Espuma”, que recebeu a canetada dos censores — escrita em 1981, a letra é até conservadora para os padrões atuais. Nos comícios das Diretas Já, a cantora subiu ao palco ao lado de outros artistas e celebridades, pelo retorno da democracia.

Diagnosticada com câncer de pulmão, a cantora vivia reclusa nos últimos anos. Seu velório será realizado em São Paulo, nesta quarta-feira, e seu corpo será cremado.

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