Se aceitar mesmo ser secretária da Cultura, e tudo indica que já aceitou, Regina Duarte terá de se  haver não com Jair Bolsonaro, mas com aquele pessoal que, ao contrário do que disse Hamilton Mourão, acredita que controle da cultura não é totalitário.

O verdadeiro desafio para Regina Duarte só ocorrerá, assim, quando a sua pasta se vir diante da decisão de aprovar ou não apoio institucional a obras consideradas pornográficas ou simplesmente imorais pelo pessoal do Carluxo e adjacências. Ou vistas como retrógradas pela esquerda artística e edificantes pela direita.

Se não aprovar, será chamada de censora pela esquerda artística ; se aprovar, sofrerá bombardeio dos ideológicos do governo. E vice-versa.

O melhor mesmo seria não existir secretaria de Cultura.