Crusoé: “Os defensores da Cultura Ocidental”
Todo dia alguém sente a necessidade de ir à internet e dizer que o importante não é o número de livros que você lê, e sim a qualidade, diz Alexandre Soares Silva na Crusoé.
Todo dia alguém sente a necessidade de ir à internet e dizer que o importante não é o número de livros que você lê, e sim a qualidade, diz Alexandre Soares Silva na Crusoé.
“Sim, sim, rei da sensatez, adido comercial da obviedade, ministro interino da repetição de frases anódinas — todos sabemos! Isso já foi dito tantas vezes que até sinto vontade de organizar a minha vida pelo princípio contrário, e ler só por ler — ir acumulando a leitura de livro atrás de livro sem me importar com qualidade alguma, porque afinal ler livros ruins é útil também, e com eles você aprende como não escrever, como não pensar, e como não sentir.”
“Mas mesmo que seja verdade essa banalidade do ‘o importante é a qualidade do que você lê e não o número de livros’ — o que leva alguém a querer muito dizer isso? O que o motiva?”
“Eu mesmo sigo alguns professores de literatura e de filosofia na internet (não quero usar a expressão ‘influencers culturais’) que recebem muitas perguntas do tipo ‘Quantos livros o senhor lê por ano?’, ‘Como faço para ler mais?’, ‘Ler dois livros por mês é muito pouco?’, ‘Como faço pra aprender leitura dinâmica?’, e outras coisas do tipo. São dúvidas bobas, talvez, seguindo uma mania de quantificação e performance. Mas também são dúvidas inofensivas.”
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