Com a Secretaria Especial de Cultura forçando o fechamento da Cinemateca até 2021, cerca de 150 funcionários da instituição podem ser demitidos.

A Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) é a responsável por gerir a Cinemateca até março de 2021. O repasse da gestão foi feito em um aditivo do contrato do Ministério da Educação com a Acerp que tratava sobre o funcionamento da TV Escola.

Com a suspensão do contrato da TV Escola, o governo também parou de fazer repasses para a administração da Cinemateca, apesar de o contrato ainda estar em vigor.

Por isso, as dívidas do governo com a Roquette Pinto já somam R$ 11 milhões, e a pasta diz que não há definição sobre a quitação das dívidas ou mesmo a realização dos novos repasses.

Em ofício enviado à Secretaria de Cultura, a Roquette Pinto questionou sobre a situação dos funcionários e pediu uma reunião com o governo para resolver a transição da gestão da Cinemateca.

“Portanto, para esta transição acontecer sem prejudicar o setor e a própria segurança dos arquivos da Cinemateca, sugerimos uma reunião urgente para definições oficiais, que passem por uma transição tranquila e profissional, e que se pague imediatamente os atrasados para que esta transição ocorra sem obstáculos, paralisações de ordem judicial e outros que possam prejudicar não só o setor audiovisual e a cultura nacional, como não possa prejudicar a Secretaria de Cultura, a futura dirigente da Cinemateca Brasileira, o Ministério do Turismo e a Acerp.”