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Agamenon: “Brasil, País do Primeiro Imundo”

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 23.09.2019 09:31 comentários
Cultura

Agamenon: “Brasil, País do Primeiro Imundo”

Para muitos, a maior riqueza do Brasil é o agronegócio, que, além de tudo, é pop. Para outros, a maior riqueza brasileira é o nióbio, estranho mineral que vale milhões de dólares e se encontra enterrado em algumas contas secretas fora do território nacional...

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3 minutos de leitura 23.09.2019 09:31 comentários 0

Para muitos, a maior riqueza do Brasil é o agronegócio, que, além de tudo, é pop. Para outros, a maior riqueza brasileira é o nióbio, estranho mineral que vale milhões de dólares e se encontra enterrado em algumas contas secretas fora do território nacional.

Tem gente que ainda acha que o melhor do Brasil é o samba. Não deixa de ser, pela quantidade de trabalhador que todo mês “samba” do emprego. O(a) brasileiro(a) tem que “rebolar” e “pisar miudinho” para conseguir chegar vivo(a) no final do mês.

Para machistas retardados e retrógrados como eu, o melhor do Brasil só pode ser a bunda da mulher brasileira, um produto que já foi mais importante que a soja na nossa pauta de exportações.

Infelizmente, o popozão já não é mais para o nosso bico (e outras partes da anatomia machinina) — nem mesmo para um machista retardado e retrógrado como eu. A bunda ficou igual ao bacalhau: nem na Semana Santa dá mais para comer. Tem supermercado que faz promoção de bunda do tipo saithe, zarbo ouling, mas todo mundo sabe que não é a mesma coisa que o tradicional Gadus Morhua, que tem rabo grande e um olor mais suave.

Outros ainda insistem que o melhor do Brasil é o futebol. Mas o futebol brasileiro já se mandou para Europa faz tempo e, mesmo assim, só tem vaga de titular em time de segunda divisão. Outro produto típico do Brasil é a popular cachaça, mas até a cachaça só está esperando sair o visto para se mandar para Portugal.

Na verdade, todo mundo reconhece que atualmente o nosso negócio mais poderoso é a corrupção. A corrupção que movimenta bilhões de dólares e centenas empregos. No entanto, essa atividade econômica de caráter extrativista tem sido muito prejudicada pela Operação Lava Rato.

O uso indiscriminado da Polícia Federal contra cidadãos abaixo de qualquer suspeita acabou causando uma recessão econômica com enorme desemprego entre políticos corruptos e “empresteiros” que megafaturavam grandes obras faraônicas como a transposição de verbas do Rio São Francisco Buarque de Holanda.
Por outro lado, não se pode negar que a produção industrial tem crescido, especialmente a de tornozeleiras eletrônicas. Sem contar a fábrica de bobagens que são as declarações do presidente Jair Bolsossauro, que funciona 24 horas por dia, 7 dias na semana.

Graças aos tuítes boçalnaricos e às queimadas na Amazônia, o Brasil está com o filme queimado no mundo inteiro. Hoje em dia, o sujeito chega num lugar dizendo que é brasileiro e já tacam um balde de água gelada na cara que é para “apagar o fogo” do brazuca.

O Brasil já foi um país mais simpático e acolhedor. Antigamente, todo bandido de filme fugia para o Brasil. Hoje já não pode mais, as milícias e as facções proibiram a importação de mão de obra estrangeira.

E pra arrematar os assuntos, esta semana o presidente Jair Bolsonauro vai à ONU fazer discurso. O presidente vai aproveitar para pedir ao secretário-geral uma vaga de chapeiro para o seu filho Eduardo na lanchonete daquele organismo internacional. Afinal, o zero-dois sabe fritar hambúrguer e ministro. Não necessariamente nesta ordem.

Agamenon Mendes Pedreira é analista político lacaniano

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