“A Rússia é a maior ameaça às nossas eleições”
Durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado, Avril Haines, diretora da Inteligência Nacional americana, revelou preocupações sobre o papel da Rússia, da China e do Irã em atividades de influência eleitoral
As eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024 estão sob crescente ameaça de interferência estrangeira, com avanços significativos em tecnologias de inteligência artificial (IA) ampliando o arsenal disponível para agentes mal-intencionados.
Durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado, Avril Haines, diretora da Inteligência Nacional americana, expressou preocupações acentuadas sobre o papel da Rússia, da China e do Irã em atividades de influência eleitoral.
Segundo Haines, “há um número crescente de atores estrangeiros, incluindo entidades não estatais, que estão tentando se envolver em atividades de influência eleitoral”. Ela destacou que a inteligência artificial tem permitido a criação de mensagens políticas que parecem autênticas, facilitando a propagação de desinformação em grande escala e em múltiplas línguas e culturas.
A diretora também mencionou que esses agentes estrangeiros estão cada vez mais utilizando empresas privadas para conduzir operações de influência, o que torna mais desafiador para os Estados Unidos rastrear e responder a essas ameaças. “Especificamente, a Rússia continua a ser a ameaça externa mais ativa às nossas eleições”, afirmou Haines.
Durante a audiência, também foi destacada a preocupação com a capacidade da inteligência artificial de produzir conteúdos audiovisuais falsos, como chamadas que podem enganar eleitores sobre informações cruciais, como as datas das eleições. Este método pode aumentar a escala e a sofisticação dos ataques, complicando ainda mais os esforços para garantir a integridade do processo eleitoral.
O senador Mark Warner, presidente do comitê, corroborou as preocupações de Haines, apontando para a motivação de Vladimir Putin em minar o apoio americano à Ucrânia como um fator que intensifica os esforços russos para influenciar as eleições nos EUA. “Putin compreende claramente que influenciar a opinião pública e moldar as eleições nos Estados Unidos é uma forma econômica de minar o apoio americano e ocidental à Ucrânia”, declarou Warner.
Essas declarações ocorrem em um momento de tensão crescente, onde a segurança das eleições americanas está sendo testada por tecnologias emergentes que promovem a desinformação, colocando em risco o pilar democrático do país. As autoridades enfatizaram a importância de se adaptar e reforçar as defesas contra essas novas formas de interferência eleitoral.
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